18 de julho de 2017

A esta hora - Suzette Rizzo


A esta hora da madrugada
a solidão parece maior,
as horas não querem ir
e as meninas dos meus olhos
nem mais  ávidas ou espertas
fingem dormir...
A esta hora, sempre a mesma,
reencontro sonhos nas paredes,
ouço musica ao longe,
brinco de psicografar conselhos,
caminhar nos Andes,
remover sombras dos cantos
para a saudade que é grande.
A esta hora da madrugada
quisera não sentir o pulso, 




guardar a sofrida alma
dos costumeiros embustes
e armazenar de vez as desilusões,
sob a escada daquela casa,
que só me pregava sustos.
Suzette Rizzo





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