24 de novembro de 2014

Estigmas


Estigmas
Suzette Rizzo

Moro dentro de um poema
inacabado,
entre cartuns,
histórias de amor frustrado,
desgostos
e o horror de conhecer por dentro
esse tal sexo oposto.
Daí o vazio, daí o choro continuo
borrando recordações pequenas,
as mesmas que foram grandes
desfeitas pouco a pouco.
Moro aqui neste poema-desabafo,
um dos raros prazeres,
embora sorvendo cacos
e, expelindo deuses.
Moro num buraco negro
quando fecho os olhos
revejo cicatrizes,
sinto o gelo dos medos
e escrevo.


O novo som do coração


O novo som do coração
Suzette Rizzo

Assim como um sonho, era impalpável.
Sonho visto de longe!
Por mais que acenasse, inalcançável.

E os olhares se cruzaram...
mas, não foi aquela impressão de reencontro
carma ... e muito ao contrário.

O que sei é que vim para amá-lo.
O que sei é que seu coração
jamais será corsário

Ah! Você me ganhou assim desigual
e nada arbitrário!

Será meu poema de cada dia
do novo calendário!

November 24, 2014

Sim sim...Não não


Sim  sim...Não não
Suzette Rizzo

Odeio falta de palavra:
Quando digo nunca mais,
é nunca mesmo.
Se a alma está vencida,
se acontecer revivo-a,

senão,
deixo-a estremecida,
a ermo.
Odeio vai e volta,
coisa que termina
pra mim não tem volta.
Então, saiba!
Se me aceitar é assim:

Odeio falta de palavra.

Nova luz


Nova luz
Suzette Rizzo


Luz que vejo e nem lampeja,
encoberta como as almas,
enfraquecida como energia roubada,
brilhe por favor!...


Entre por esta janela,
acende esta vida sem cor.





E foi pedindo ao meu Autor
que ele veio...  
gêmeo do outro,
melhor que o outro,
poeta do corpo.


Arquivei águas roladas,
exterminei a monotonia,
sequei parte das lagrimas.
Voltei  à continuidade
por um tempo refreada!