TEMPO DESTRUIDOR
Suzette Rizzo
Suzette Rizzo
Foi então
que, nas margens do silencio,
ouvi bem perto uma voz,
saída de um corpo gasto
que repetia:
Ouvi seu lamento, ouvi !
Olhei a meu redor
e lá estava nublado e ventania
preparando mais temporal.
Fixei meus olhos no escuro,
desabei medo e pranto e respondi:
Então, age de vez,
ouvi bem perto uma voz,
saída de um corpo gasto
que repetia:
Ouvi seu lamento, ouvi !
Olhei a meu redor
e lá estava nublado e ventania
preparando mais temporal.
Fixei meus olhos no escuro,
desabei medo e pranto e respondi:
Então, age de vez,
de um jeito ou de outro
estou infeliz !
E o tempo arrastou-se nas folhas,
alvoroçando as ondas do mar,
provocando furacão medonho,
executando para mim o apocalipse,
enquanto ecoava:
Pronto! Destruí !
Meu anjo cabisbaixo,
E o tempo arrastou-se nas folhas,
alvoroçando as ondas do mar,
provocando furacão medonho,
executando para mim o apocalipse,
enquanto ecoava:
Pronto! Destruí !
Meu anjo cabisbaixo,
arrastou asas feridas,
deixando a casa bombardeada...
e ele, meu ser, sobra estressada,
sombra desmaiada, quase apagada,
ainda restou aqui!
Desde então, moro entre estilhaços
que o tempo fez...
Abandonada entre sonhos
esmigalhados,
todos eles, de uma vez.
Suzette Rizzo
deixando a casa bombardeada...
e ele, meu ser, sobra estressada,
sombra desmaiada, quase apagada,
ainda restou aqui!
Desde então, moro entre estilhaços
que o tempo fez...
Abandonada entre sonhos
esmigalhados,
todos eles, de uma vez.
Suzette Rizzo