Nada está morto
Suzette Rizzo
Alimento a alma
deste amor
que descarna
desejos,
seca outros beijos,
me acalma.
E nada esqueço
que tenha
vivido,
com esse amor tanto
querido,
mesmo tendo ele
partido,
pra cumprir amargo
carma.
E nada evapora
na madrugada,
nem o tempo acorda a
emoção,
de prosseguir a
caminhada
neste plano de
ilusão.
E te dou colo,
atenção,
muitas preces
e, nossa
recordação
parece domina,
toda e qualquer
sensação.
E mato tua
sede
com amor real
afastando-te de
todo o mal,
encobrindo com o
meu,
teu carente
coração.
Tens gosto de mel e
de sal,
amargo-doce
que molha a boca,
apego de igual pra
igual.
E que me importa
se estas morto...
Se rasgo o céu das
noites
e em mim te
recolho.
Suzette Rizzo